O Blog Interactivo da GEOGRAFIA dinamizado pelos alunos do terceiro ciclo da Escola EB 2.3 D.Luís de Ataíde / PENICHE

14.1.09

QUALIDADE DE VIDA URBANA



RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA URBANA:

Para que os problemas de exclusão social, trânsito, entre outros, sejam travados, são necessários programas/projectos que sejam dirigidos através de um panorama de desenvolvimento sustentável e de recuperação da qualidade de vida urbana. Para tal, vai-se focar em cinco aspectos que, à partida, são imprescindíveis para melhorar/recuperar a qualidade de vida urbana: transportes urbanos e mobilidade; recolha e tratamento dos resíduos urbanos; integração social e segurança; potencializar o envelhecimento; e por fim, reabilitação e renovação urbanas.
1. Transportes Urbanos e Mobilidade:
No nosso quotidiano necessitamos de nos deslocar de um local para o outro, no entanto, esta mobilidade está mais centrada no uso massivo do automóvel, não havendo uma preocupação no sentido de preservar o ambiente (atmosfera), a sociedade (menos trânsito significa menos stress) e a economia (gastos dos combustíveis).
Para travar esta situação, são necessários vários esforços, pois a mentalidade da sociedade é difícil ser alterada devido ao comodismo das pessoas. Com efeito, têm surgido diversas iniciativas que promovem uma maior utilização dos transportes colectivos. Exemplo disso é a cidade de Évora que, implementou uma iniciativa para melhorar a mobilidade do centro histórico desta cidade.
Além disso, a DGTT (Direcção-Geral dos Transportes Terrestres) e a Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico, juntaram-se para promover soluções tecnológicas alternativas, como o gás e electricidade, aplicadas a transportes públicos.
Com estas iniciativas têm-se visto resultados positivos, mas, são números que ficaram muito aquém da expectativa.
2. Recolha e Tratamento dos Resíduos Urbanos:

A densidade populacional e a produção de resíduos urbanos estão puramente inter-ligadas visto que ao aumentar a densidade populacional a produção dos resíduos urbanos aumenta.
Efectivamente, nas cidades existe um acréscimo da população e, por conseguinte, há uma maior produção desses detritos.
Para se combater este nível, deve haver uma maior participação cívica da população, ou seja, deveria haver um comportamento mais ecológico. Por exemplo, utilizar a política dos 3 R’s – Reciclar, Reutilizar e Reduzir.
Além disso, são necessárias construções de equipamentos de tratamento e distribuição de água própria para consumo com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

3. Integração Social e Segurança:
A exclusão social é um fenómeno social que ocorre frequentemente na cidade devido à mistura de categorias sociais. Juntando a esta problemática social, a insegurança é motivo de muito alarmismo pois com o sentimento de exclusão que estes sentem, podem-se tornar marginais, o que provoca muita insegurança. Isto tem crescido exorbitantemente e por conseguinte, surgem cada vez mais organizações, sem fins lucrativos, e até mesmo as próprias câmaras tentam combater esta exclusão e assim diminuir a criminalidade e insegurança.
4. Potencializar o Envelhecimento:
Nas cidades portuguesas há uma maior concentração de idosos que vivem sozinhos, onde a solidão está associada
à pobreza. Isto deve-se, em grande parte, ao modo como a respectiva autarquia olha e integra esta estrutura etária, isto é, existem cidades que não dão oportunidades, ao nível da saúde por exemplo, para que os idosos não se sintam “à parte” da sociedade.
Actualmente, existe um projecto dirigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que defende o envelhecimento activo da população.
5. Reabilitação e Renovação Urbanas:
Verificam-se nas grandes cidades, construções degradadas que devido à emigração, ao abandono e à incapacidade física e mental da população (população mais idosa) não reabilitam estas propriedades. Por conseguinte, surgem inúmeras acções, tanto a nível europeu como a nível nacional, para reabilitar, isto é, melhorar as condições; requalificar, ou seja, adaptar; e por fim, restaurar, isto é, valorizar a propriedade em questão.
Estes três conceitos são essenciais para uma boa reabilitação e renovação urbanas.
Conclusão:
Todas estas formas de solucionar/combater alguns problemas urbanos, necessitam de um trabalho e organização árduos para que tudo seja realizado positivamente. No entanto, e numa perspectiva pessoal, nem todas as medidas implementadas são realizadas com sucesso devido ao desinteresse por parte das câmaras e também da parte da população dado que a maioria da população é deveras individualista.

Escola EB 2,3/S de Vila Flor
Ano Lectivo 2008/2009
Trabalho Elaborado Por:
Joana Bastos N.º15, 11ºB.

A QUALIDADE DE VIDA URBANA



Introdução

Ao longo desta proposta de trabalho vão ser focados cinco itens que podem melhorar a qualidade de vida urbana de forma sustentável. Os itens são os transportes urbanos e mobilidade, recolha e tratamento de resíduos urbanos, integração social e segurança, potencializar o envelhecimento r reabilitar e renovar as áreas urbanas.

Recuperação da qualidade de vida urbana
1. Transportes urbanos e mobilidade;
Os sistemas de mobilidade têm de ser sustentáveis nos aspectos ambientais, sociais e económico-financeiros, isto exige uma articulação coordenada de políticas transversais e promoção de atitudes e comportamentos para que a mobilidade urbana se descentralize do recurso ao automóvel.
Assim tem havido iniciativas ao uso dos transportes públicos como por exemplo o “dia europeu sem carros” (22 de Setembro) e a iniciativa da carris (aos fins-de-semana e feriados entram em funcionamento dois autocarros da carris que transportam bicicletas).
Os principais objectivos do “dia europeu sem carros” incidem na sensibilização das pessoas para o uso de transportes públicos, criar uma oportunidade para experimentar viver de forma diferente e demonstrar que quantos menos carros maior qualidade de vida existe.
Para além desta campanha é necessário:
-novas ciclovias e zonas pedestres;
-sistemas melhorados de transporte colectivo,
-aluguer e empréstimo de bicicletas;
-partilha do automóvel.
Após estas medidas cabe a cada autarquia decidir o número de veículos que podem entrar no centro das cidades.
Por exemplo em Évora foi criada a LinhaAzul, ou seja, parques de estacionamento na zona extramuros e transportes a fazerem ligação com o centro da cidade.
2. Recolha e tratamento dos resíduos urbanos;
Para que a qualidade de vida melhore no que respeita à recolha e tratamento de resíduos urbanos é necessária uma
maior participação cívica das cidades ao nível ecológico. Assim, têm sido propostas várias actividades e medidas no que respeita aos resíduos sólidos urbanos (RSU). Por exemplo em 2007 a separação do lixo em Estarreja aumentou 30%. A empresa Lipor lançou um novo projecto denominado como ECOMENSAGENS que consiste no envio de dicas no que toca a boas práticas ambientais através do telemóvel.
Para que esta melhoria suceda é necessário a construção de equipamentos que assegurem continuamente o tratamento e distribuição de água de qualidade e a drenagem e tratamento de águas residuais, exemplo disso é a ETA de Lever e a ETAR em Vila Nova de Gaia.

3. Integração social e segurança;
No que toca à integração social os problemas que estão na base deste factor têm origem em factores estruturantes e manifestam-se em diferentes escalas geográficas. Para que a integração seja bem sucedida podemos ver uma crescente conjugação de esforços por parte dos municípios, do governo, das instituições religiosas e das associações de emigrantes e outras associações não-governamentais, sem fins lucrativos.
São estas instituições que promovem iniciativas de combate à pobreza e à exclusão das populações mais carenciadas. Por exemplo a associação cativar disponibiliza um espaço de apoio para estes casos.
Concluindo para que a exclusão de imigrantes e minorias étnicas entre outros termine é necessário:
-qualidade de vida ao nível local;
-segurança urbana e inclusão social;
-investigação urbana;
-participação;
-politicas transversais;
-plataformas de cidades (associações).

4. Potencializar o envelhecimento;
Cada núcleo urbano lida de forma diferente com a problemática do envelhecimento e cada uma delas integra-os de
modos diferentes.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) criou o Global Age-Friendly Cities Project que promove o envelhecimento activo da população através de acções como: -programas dirigidos para idosos;
-promoção do contacto intergeracional;
-instituições locais de promoção e bem-estar;
-serviço domiciliário;
-alterações físicas no território;
-sessões de esclarecimento relativas aos seus direitos;
-voluntariado que promova o bem-estar dos idosos;
-rede de transportes adequada;
-contacto com as tecnologias de informação e comunicação.

5. Reabilitação e renovação urbanas;
As áreas urbanas apresentam-se degradadas desde 1973 onde eram propostos planos de urbanização de pormenor para renovar edifícios que apresentam más condições de salubridade, solidez, estética e risco de incêndio.
Depois do 25 de Abril de 1974 surgiram apoios à regeneração e reabilitação urbanas (estratégia de intervenção urbana em áreas degradadas). Estes projectos eram destinados a melhora as condições físicas, as potencialidades sociais, económicas e funcionais para promover uma qualidade de vida melhor aos residentes, conservando identidades e características da área. A entrada de Portugal para a UE trouxe mais fundos e com estes criaram-se programas de reabilitação/recuperação (1976-1999), tais como: PRID, RECRIA, REHABITA, RECRIPT, SOLARH e REABILITA.
Mais tarde o REABILITA reunia todos os outros programas destinando-se também aos apoios à construção, renovação, reconstrução de infra-estruturas urbanas e a conjuntos urbanos alvo de reabilitação.
Como programas europeus para intervenção nestas áreas degradadas houve vários, os principais são:
-PRAUD;
-URBAN (destina-se apenas ao centro das cidades e respectivas periferias). Enquadrados nos planos de desenvolvimento regional também se criaram programas como: IORU (intervenção operacional e renovação urbana) baseia-se em três medidas. Este programa complementou-se com os programas atrás referidos, também se articulou com o projecto luta contra a pobreza e com a criação do rendimento mínimo garantido. Outro programa foi o PROSIURB (programa de consolidação do sistema urbano nacional e de apoio à execução dos planos directores municipais) consiste na reabilitação do sistema urbano nacional exceptuando as áreas metropolitanas. O subprograma 1 do PROSIURB, incide na valorização das cidades médias actuando em vários domínios tais como: infra-estruturas básicas, equipamentos de utilização colectiva entre outros. Este programa não foi bem sucedido devido a questões económicas no entanto serviram de exemplo aos seguintes, o POLIS e o PROCOM.
O POLIS (programa nacional de requalificação urbana e valorização ambiental das cidades) divide-se em quatro componentes que incidem sobre a melhoria da qualidade de vida urbana.
O PROCOM (programa de urbanismo comercial) dirige-se à revitalização do pequeno comércio tradicional da cidade.
Por exemplo, EVORACOM está enquadrado no PROCOM concedeu benefícios fiscais aos comerciantes e à autarquia no âmbito da modernização e requalificação dos mesmos.
Resumo elaborado por Catarina Santos / 11ºB